Após o tratamento de canal, o dente necessita de cuidados especiais?
Sim. O primeiro cuidado é restaurar o dente o mais breve possível para evitar a fratura da coroa e a recontaminação do canal por microorganismos da saliva. Outro cuidado que se deve tomar é fazer o controle clínico-radiográfico após seis meses. Se o dente apresenta lesão óssea perirradicular, os controles são realizados a cada seis meses até o desaparecimento da lesão. Se essa lesão não diminuir ou não desaparecer no período de dois anos, é recomendável que se repita o tratamento de canal ou se faça a cirurgia apical, para evitar a extração do dente.
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Uma infecção na raiz pode prejudicar a saúde?
Sempre que há infecção na raíz e lesão óssea visível na radiografia significa que a polpa está infectada com bactérias no interior do canal. Essa inflamação óssea pode permanecer por vários sem causar dor e danos à saúde, pois o sistema de defesa do nosso organismo está sendo capaz de neutralizar as toxinas liberadas pelas bactérias. Entretanto, quando ocorre queda da resistência orgânica, esses microorganismos podem desencadear uma inflamação aguda no osso, acompanhada de dor e edema (inchaço), além de ocorrer penetração das bactérias na corrente sangüínea (bacteremia). Porém, felizmente, em pessoas saudáveis sem complicações de ordem sistêmica, essas bactérias circulam por todo o corpo e são eliminadas pelas células de defesa em poucos minutos.
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Pode voltar a doer um dente com canal tratado?
O tratamento de canal tem um alto índice de sucesso, mas, em alguns casos, o dente pode voltar a doer por diversos motivos: falha do tratamento anterior; dentes com raízes muito curvas (anatomia complicada); canais calcificados; quebra ou ausência da restauração do dente com canal tratado, com conseqüente recontaminação do canal etc.
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A diabete contra-indica o tratamento de canal?
Se a diabete estiver controlada ou compensada, o tratamento pode ser realizado sem problemas, porém é importante tomar cuidado ao medicar com antiinflamatórios, pois está contra-indicado o uso de cortisona.
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Se o paciente tem problemas cardíacos, deve-se tomar algum cuidado especial para realizar o tratamento de canal?
Em pacientes com problemas cardíacos que já se submeteram à cirurgia ou que possuem defeitos congênitos como prolapso da válvula mitral, é necessário o uso de antibioticoterapia profilática. Essa precauçãop deve ser tomada não somente quando se realiza tratamento de canal, mas também em qualquer outro tipo de intervenção dentária, como tratamentos de gengiva, extrações, colocação de implantes, reimplantes, etc. Como fo dito anteriormente, quando se instrumenta o canal infectado, ocorre a bacteremia. Essas bactérias que penetram são jogadas na corrente sangüínea; se encontrarem condições favoráveis, tendem a se alojar e a se multiplicar nesses locais, podendo causar doenças graves como a endocardite. Na dúvida, o médico deve ser consultado.
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No caso do reumatismo infeccioso, é melhor remover o dente infectado ou tentar o tratamento de canal?
Pode ser tentado o tratamento de canal, desde que se faça medicação profilática com antibióticos, já que o reumatismo infeccioso é provocado por bactérias que são encontradas na cavidade bucal.
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No caso de um dente reimplantado após o trauma, o tratamento de canal assegura o sucesso do reimplante?
Se o dente avulcionado por um trauma for reimplantado imediatamente ou dentro de trinta minutos e, nesse caso, mantido na boca (saliva) ou armazenado em meio úmido (água, soro fisiológico, leite), a chance de se obter sucesso é muito alta. Como ocorre ruptura dos vasos sangüíneos e nervos, o tratamento de canal é necessário e deve ser realizado no período de uma semana a dez dias para assegurar o sucesso do reimplante.
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