RESTAURAÇÃO pROVISÓRIA
29/08/2010 21:20
RESTAURAÇÃO pROVISÓRIA
Terminado o preparo cavitário procede-se à confecção da restauração provisória. A necessidade básica de uma restauração provisória é possuir todas as características de oclusão, adaptação. forma e contorno da inlay/onlay, protegendo o dente preparado. O material mais utilizado para a confecção da restauração provisória tipo inlay/ onlay é a resina acrílica de rápida polimerização, embora também se utilize resina composta para finalidade semelhante. A resina acrílica é em geral escolhida devido a facilidade de trabalho,o custo e rapidez de obtenção da restauração provisória. A restauração provisória deve ser executada em todos os casos, uma vez que protege o dente preparado de estímulos lesivos de origens física, química e bacteriana; mantém a integridade periodontal; mantém os contatos proximais e oclusais; permite avaliar o prognóstico de dentes com vitalidade pulpar questionável; promove afastamento gengiva1 quando necessário; possibilita avaliar se o desgaste realizado foi suficiente; avalia a expulsividade do preparo e, ainda, permite uma função mastigatória correta.
Propriedades
De maneira mais objetiva podemos dizer que a restauração provisória deve apresentar propriedades: Funcionais, Biológicas e protéticas.
Restauração Provisória Propriedades Biológicas • Proteção térmica • Veda túbulos dentinários |
Restauração Provisória Propriedades protéticas· Evita sensibilidade pós-operatória · Mantém higidez pulpar · Avalia características do preparo · Dimensão das caixas · Nitidez dos ângulos · Espessura oclusal |
Restauração ProvisóriaPropriedades Funcionais• Proteção do periodonto • Estabilidade do dente no arco • Restabelece conforto-função • Permite verificar estética
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Técnica de Execução
Para a execução da restauração provisória necessita-se de uma moldagem pré-operatória realizada antes do preparo do dente. A moldagem pré-operatória facilita a execução da restauração provisória, pois manterá registrada a anatomia do dente que se perderá, em parte, após o preparo cavitário. A escolha da moldeira parcial ou total depende de quantos dentes estão envolvidos. Até dois dentes preparados é possível utilizar uma moldeira parcial e, se mais de dois dentes estão envolvidos, faz-se necessária uma moldeira total para moldagem de todo o arco dental, possibilitando um encaixe dos modelos correto.
A moldagem pré-operatória é realizada preferencialmente com um hidrocolóide irreversível, (algin ato) considerados seu baixo custo, sua presa rápida e facilidade de manipulação. Após a presa do material remove-se o molde e se examina a sua integridade. Protege-se o molde com gaze ou algodão umidecido, ou em um umidificador. Esta proteção deve-se ao fato de o alginato sofrer sinérese ou embebição levando a distorções do molde.
Realizado o preparo cavitário, o molde pré-operatório deve ser testado no dente preparado para verificar o seu posicionamento e assentamento corretos. Qualquer área em excesso deve ser recortada para não interferir ou atrapalhar durante a sua inserção na boca.
O dente preparado deve estar limpo e isolado com glicerina líquida ou saliva para impedir que a resina acrílica de rápida polimerização da restauração provisória fique retida sobre ele durante a polimerização. Preferencialmente, utiliza-se uma resina acrílica na cor rósea (não estética) para evitar reações negativas do paciente no momento da cimentação da inlay/onlay metálica e favorecer reações positivas para a inlay/onlay estética.
A resina acrílica é manipulada em pote Dappen e escoada no molde na região do dente preparado, tomando-se o cuidado para não incorporar bolhas de ar. O molde é levado à boca e mantido em posição até que a resina acrílica entre na fase borrachóide. Isto pode ser observado mais facilmente através de uma pequena quantidade mantida no pote Dappen ou entre os dedos. Nesta fase o molde é removido da boca e a resina acrílica permanecerá no dente preparado. A resina acrílica da restauração provisória deve ser testada com uma cureta até atingir a fase elástica. Nesta fase, esta deve ser removida, recortados os excessos que estejam atingindo áreas retentivas e rapidamente reposicionada. Neste momento é conveniente a retirada e colocação da restauração provisótria reembasar estas áreas de maneira que a resina no dente até a polimerização completa da resi- promova desde já afastamento da gengiva, facina. Entretanto, nem sempre é possível retirar e litando o processo da moldagem final. Muitas recolocar a restauração provisória sem que esta vezes é necessário reembasar outras margens da se deforme definitivamente. Nesses casos pro- restauração provisória. Para garantir as curamos recortar os excessos maiores, principal- suas propriedades biológicas. Procede-se então mente nas áreas retentivas com um Hollemback ao reembasamento dessas margens sem adapta afiado. Imediatamente solicita-se ao ção pela técnica do pincel (Nealon), seguida de paciente para ocluir e executar movimentos fun- compressão da restauração provisória em posicionais, os quais facilitam a posterior adaptação pela oclusão dos dentes. Após a oclusal da restauração provisória (Fig. 4.7). Du- remoção dos excessos nestas áreas (Fig. 4.10) rante estes procedimentos, a restauração provisó- devemos realizar o acabamento e polimento da ria é afastada do dente sem que ocorra sua re- restauração provisória, que deve ser cimentada moção, e recolocado sempre com o dente umide- ao dente com um cimento provisório livre de eucido para facilitar sua remoção nos momentos genol. Os cimentos que contêm finais de polimerização da resina acrílica. Aremo eugenol não devem ser empregados, pois amoção da restauração provisória é realizada quan- lecem a resina da restauração provisória e o do esta já adquiriu resistência suficiente para não eugenol residual presente no dente preparado se deformar. Executa-se a remoção dos excessos pode interferir na presa das siliconas de molda-e recoloca-se a restauração provisória no dente gem e na polimerização do cimento resinoso para se verificar a adaptação e ajustar a oclusão, utilizado na cimentação adesiva. Existem três ti-
Quando necessário fazemos o reembasa- pos de cimentos que apresentam difemento da resta~ração provisória. Nos casos em rente capacidade de fixação da restauração proque a linha de terminação da caixa proximal en- visória: os sem eugenol, como por exemplo, o contra-se na região do sulco gengival, pode-se Nogenol e o Temp Bond NE que ficam pegajo os facilitando muito a remoção dos provisórios, aqueles à base de hidróxido de cálcio que após a presa oferecem boa retenção, como por exemplo o Dycal, Hidro C da Dentsply e Life da Kerr e, finalmente, os resinosos provisórios que oferecem a maior capacidade de retenção, como por exemplo o Neo-Temp da Teledyne, Provilink da Ivoclair e o TNE da Temrex, sendo indicados para os preparos muito expulsivos. No caso clínico da figura 4.12, executou-se a cimentação com o TNE (Temrex), pressionando-se firmemente com um instrumento metálico para promover a saída rápida dos excessos e boa adaptação. Após a remoção dos excessos, a restauração provisória deve apresentar-se vedando perfeitamente as margens do preparo.
Novos Materiais
Atualmente são fabricadas, além das resinas acrílicas, as resinas compostas específicas para a execução de restaurações provisórias para inlay e onlay, coroas, prótese fixa etc. Estas resinas compostas para restaurações provisórias apresentam-se em três diferentes sistemas de ativação: química, foto ou dual e são manipuladas de acordo com a forma de apresentação: em seringas para mistura manual, em cartuchos para automistura ou ainda em seringas para fotoativação.
A maioria das resinas compostas (RC) para restauração provisória são quimicamente ativadas e misturadas manualmente (espatulação) ou apresentadas para técnica de automistura (automix). O Protemp II da Espe é um exemplo de resina composta polimerizada por reação química e misturada na técnica manual, apresentada em pastas, onde a pasta catalisadora tem dois componentes misturados apenas no momento da manipulação com a pasta base.
As RC quimicamente ativadas para a técnica de automistura são apresentadas em cartuchos (semelhantes aos empregados nos materiais de moldagem) que adaptados a dispensadores tipo revólver com cânulas misturadoras depositam o material já misturado diretamente sobre o dente para a execução da restauração provisória.
As RC para restauração provisória do tipo fotoativada são apresentadas em seringas que permitem o recolhimento de porções levadas diretamente ao dente preparado, e sua ativação é iniciada pela luz, não necessitando de cimentação. Essas RC permanecem elásticas após a polimerização para facilitar a sua remoção. Entretanto, por não ficarem rígidas não apresentam os requisitos básicos de uma restauração provisória, apesar da praticidade de uso.
Existem ainda as RC para restaurações provisórias do tipo dual. Podem ser misturadas por meio da técnica manual ou pela técnica da auto-mistura. A vantagem do sistema dual como é o caso do Provipont é que após a mistura, a resina composta é aplicada de encontro ao dente pelo molde pré-operatório e sofrerá polimerização química, deixando o material com consistência elástica, a qual facilita sua remoção da boca, eliminação de áreas retentivas e recorte dos excessos. Somente após a fotoativação é que será obtido o endurecimento final.
Os materiais para a confecção de restaurações provisórias à base de resina composta têm algumas vantagens sobre as resinas acrílicas. Sua manipulação é muito simples, uma vez que a maioria apresenta-se no sistema de automistura. Possuem baixa liberação de calor durante a sua presa, aumentando muito pouco acima da temperatura corpórea. Desta forma, as resinas compostas para restaurações provisórias podem ser utilizadas diretamente na boca sem a preocupação de removê-las no momento da polimerização. Apresentam ainda uma pequena contração de presa (em torno de 0,5 a 1%) proporcionando adaptação melhor nas margens e fácil remoção do dente preparado ou do modelo. A absorção de água (embebição) é lenta e controlada, assegurando margens cavitárias seladas e vedadas. A resistência à flexão e à abrasão é semelhante àdas resinas compostas para restaurações. No caso de reembasamento ou reparo da restauração provisória, pode-se utilizar as resinas compostas indicadas para restaurações. Estas não possuem sabor nem odor desagradáveis, sendo isto um fator positivo, uma vez que os pacientes normalmente queixam-se do odor e da sensação de ardência ou queimação quando a resina acrílica éutilizada. Contam com boa biocompatibilidade tecidual por não liberarem monômeros monofuncionais residuais, além de se apresentarem em cores diferentes, proporcionando uma estética mais adequada à restauração provisória, quando esta é indispensável. Possuem uma reação de presa rápida em torno de 2 a 3 minutos quando ativadas quimicamente e 20 segundos para cada camada, quando ativadas por luz. Uma vez polimerizadas podem sofrer tratamento térmico posterior para melhorar suas propriedades. Contudo, são mais duras, quebradiças e de alto custo. Existe, atualmente, uma tendência no emprego desses materiais em substituição às resinas acrílicas.
Uma outra forma de confecção da restauração provisória é proposta por Gomes e colaboradores na qual propõem uma técnica que associa um material provisório resinoso como o Fermit (Vivadent) com a cobertura final em resina composta. Segundo os autores, a vantagem desta técnica é a não necessidade de cimentação provisória e pode-se remover facilmente a restauração provisória com um instrumento pontiagudo na sessão da cimentação definitiva.
Restauração metálicas fundidas (RMF)
Restauração metálica fundidas e restauração não metálicas
Restauração Não Metálicas Restaurações Metálicas Fundidas
·Porcelanas do tipo inlay ·incrustações metálicas fundidas do tipo inlay e onlay
·Porcelanas do tipo onlay ·coroas totais metálicas
·Coroas ocas de porcelanas ·coroas metaloplásticas (Venner)
·Facetas de porcelanas ·coroas metalocerâmicas
Indicações de RMF
·exame clínico do remanescente
·análise oclusal
·radiografias
·idade do paciente
·índice de cárie
·condição periodontal
·integridade pulpar
·necessidade estética
Classificação das Técnicas Restauradoras
·direta ·indireta ·semi indireta
Fases da Restauração Indireta
·preenchimento
·preparo
·provisório
·afastamento
·moldagem
·vazamento
·troquel
·escultura
·fundição
·acabamento
·cimentação
Indicação de IMFs (incrustações metálicas fundidas)
·cavidades extensas
·dentes tratados endodonticamente
·apoio para prótese parcial removível
·ferulização
·áreas de grande esforços mastigatórios
·restaurações permanentes
·suporte para prótese parcial fixa
·harmonização de restaurações
RMF (restaurações metálicas fundidas)
Núcleo de preenchimento – é a reconstrução coronária de cavidades amplas
Finalidades do núcleo de preenchimento – ·reforço do remanescente
·criar condições para o preparo
materiais para núcleo de prenchimento - ·resinas compostas
·amalgama de prata
·ionomero de vidro
·compomeros (resina com ionomero)
amalgama como núcleo de prenchimento
vantagens: cor, preço e fácil manipulação
resina composta como núcleo de preenchimento
vantagens: preparo na mesma seção, sistema adesivo
desvantagens: preço, necessita isolamento absoluto, técnica dificil
ionomero de vidro como núcleo de preenchimento
vantagens: indice de expansão térmica semelhante ao dente, cor especifica (azul), preparo na mesma seção
desvantagens: técnica muito dificil, desgaste muito rápido
compomero como núcleo de preenchimento
vantagens: liberação de flúor, já manipulado, cor especifica
desvantagens: isolamento absoluto, dificil de se encontrar no mercado.
moldagem
Moldagem, preparo, avaselinar o dente, preparar 8 gotas mais acrílico pó no dappen. Na fase arenosa da resina inseri-la no molde de alginato no dente preparado e leva-lo a moldagem de volta a posição correta na boca, aguardar 2 minutos e remover a moldagem da boca e recortar os excessos.
Técnica indireta(no laboratório)
Moldagem do dente antes da realização do preparo, mandar a moldagem para o protetico (ele vai simular o preparo no modelo de gesso, enceramento e inclui o enceramento em uma mufla) quando o provisório chegar fazer o desgaste ou reembasamento colocando o acrílico. Passa vaselina no dente e coloca acrílico no provisório e coloca no dente aguardando a fase borrachoide.
Vantagens - Melhor acabamento, melhor resistência e melhor material
Quais os objetivos de realizarmos uma restauração provisória?
Fatores funcionais, biológicos e protéticos
Biológicos – o provisório mantém a integridade pulpar (dente exposto acarreta contato com saliva)
Protetico – permitir observar de um correto eixo de inserção do preparo
- permite visualizar a quantidade adequada do desgaste interoclusal
- três meios; 1º pôr meio do provisório contra luz, onde se observar a transparência do provisório, indica-se que naquela área, correspondente ao preparo e necessário um maior desgaste.
- 2º pôr meio do especimetro (instrumento para medir espessura) deve possuir 0,8mm.
- 3º ver com os olhos os pontos de contato “olhometro”
Funcionais – manutenção de espaço interoclusal e interproximal
- função mastigatória
- estética
- fonética
Requisitos de um adequado material para ser utilizado como provisório:
Resistência adequada (ser radiopaco)
Pequeno grau de distorção (alteração dimensional)
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