HIPEREMIA PULPAR

31/08/2010 11:46

 

HIPEREMIA PULPAR

Hiperemia (pulpite focal reversível).

Consiste numa ligeira inflamação da polpa na tentativa de se
defender contra o agente agressor.

Nesta fase da inflamação, chega à polpa excessiva quantidade
de sangue. se o agente agressor
persistir, a hiperemia agrava-se e, desta forma, a circulação de
retorno torna-se dificultada.

Neste estado, a inflamação pode regredir sem deixar estigmas,
desde que seja eliminado a causa que a motivou. Porém, se o
agente agressor continua, a inflamação se agrava de tal modo
que maior quantidade de exsudato difunde-se no interior do
tecido conjuntivo. Esse exsudato, de natureza serosa, infiltra na
malha conjuntiva exercendo pressão sobre os vasos e nervos.

Como a polpa está circunscrita por paredes não-elásticas (dentina),
ela tem uma capacidade de dilatação limitada e, então, a inflamação,
na tentativa de vencer o agente agressor, acaba por destruir os próprios
tecidos da mesma. a esse estado de inflamação mais intensa dá-se o nome
de pulpite. A partir desse momento, a polpa está irremediavelmente perdida.

A hiperemia ou pulpite focal reversível precede a pulpite aguda. Trata-se
de uma lesão reversível, mas não deixa de ser um sinal de alarme, indicando
que a resistência pulpar vai chegando ao limite extremo. Seu diagnóstico é de
suma importância para evitar o sacrifício inutil da polpa.

Se a hiperemia for acudida em tempo, eliminando a causa, ela regride e a
polpa volta à normalidade. Mas, se a hiperemia for abando-nada à própria sorte,
caminha inexoravelmente para a pulpite aguda.

 


 

A diferença clínica entre a hiperemia e a pulpite é,
principalmente, de ordem quantitativa.

1 -
Na hiperemia ou pulpite focal reversível, a dor é
sempre
PROVOCADA

A dentina exposta (cárie, fraturas ou infiltração em restaurações)
mostra-se extremamente sensível
às substâncias açucaradas, ácidas (pressão osmótica).

 


 

2 -
Os dentes hiperêmicos, ainda que restaurados, são
sensíveis às mudanças súbitas de
temperatura, por algum tempo.

 


 

3 -
A dor é defragada, sobretudo pelo frio e cessa assim
que se estabelece o eqüíbrio térmico.

NOTA!!!!

Na fase inicial da hiperemia a dor é provocada e de curta
duração, e desaparece num pequeno espaço de tempo.

 


 

4 -
A medida que o processo inflamatório evolue, o
total desaparecimento das dores provocadas se tornam
cada vez mais demorado, devida ao pro-gressivo
retardamento da drenagem venosa.

 


 

5 -
Num estado mais avançado surgem dores aparentemente
espontâneas, mas na verdade são dores provocadas por
estímulos mínimos, tais como o aumento do fluxo sangüíneo
cefálico, que ocorre no decúbito dorsal ou depois de
trabalho muscular prolongado.

 


 

6 -
Na hiperemia ou pulpite focal reversível, a dor é sempre:
PROVOCADA, de CURTA DURAÇÃO e
LOCALIZADA

Estabelecido o diagnóstico de hiperemia ou pulpite focal reversível,
o tratamento consiste na remoção da causa que a defragou.

O prognóstico da hiperemia é favorável ao dente e à polpa.

 


 

FASE DE TRANSIÇÃO:

Nesta fase as dores se tornam incomodas e o paciente
necessita do emprego de ANALGÉSICOS
eliminá-las. As dores são intermitentes, isto é, comportam intervalos assintomáticos.
para

O encurtamento destes intervalos e a ineficácia cada vez mais
acentuada dos analgésicos indicam que a polpa vai esgotando sua
capacidade defensiva e que está iminente o estabelecimento da
pulpite aguda. Nesta situação a reversibilidade é problemática.

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