Caso clínico resina posterior

29/08/2010 21:15

 

Caso clínico resina posterior

Insatisfeita com a estética do seu sorriso a paciente relatou sua intenção de substituir suas restaurações metálicas.

 

No aspecto inicial do caso pode-se verificar o escurecimento das restaurações, além de uma restauração metálica fundida (RMF) no 1º molar interferindo na harmonia do sorriso. Após análise e aprovação da paciente optou-se por substituir as restaurações em amálgama dos pré-molares e segundo molar por resina composta condensável (P-60 / 3M) e substituir a RMF por uma onlay (Artglass/ Haraeus Kulzer). Será descrita a seqüência restauradora aplicada aos pré-molares já que o objetivo deste artigo é de descrever e dar ênfase à técnica de restauração associada a resina P-60 (3M). Na figura 2 pode-se verificar o aspecto das restaurações sobre isolamento absoluto, passo essencial, principalmente quando se trata de procedimentos adesivos. Procedeu-se com a remoção do amálgama. Após este passo encontrou-se tecido cariado na parede gengival da caixa proximal de ambas as cavidades que foi prontamente removido.

A figura 3 ilustra as cavidades preparadas e acabadas. Decidiu-se pela colocação de um ionômero vidro (Vitremer/3M) como base estendendo-se ao cavo superficial da parede gengival. Este procedimento foi realizado com o intuito de minimizar os problemas subseqüentes à utilização apenas de uma resina em condições críticas, pequena quantidade de esmalte na parede gengival, além da presença de dentina esclerosada, que é um substrato pobre para procedimentos adesivos.

Para aplicação do ionômero de vidro (Vitremer/3M) foi inicialmente realizado o condicionamento ácido em esmalte e aplicado o "Primer" específico para este material nas superfícies de dentina e esmalte que receberiam a base protetora com posterior fotopolimerização por 20 segundos.

Em seguida fez-se o condicionamento das estruturas preparadas com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina. Após rinsagem das áreas condicionadas, removeu-se o excesso de umidade com papel absorvente e aplicou-se adesivo (Single Bond /3M).

Secou-se delicadamente para favorecer a evaporação do componente volátil, e posteriormente fotopolimerizou-se por 10 segundos. Foram adaptadas as matrizes e cunhas, como pode ser visto na figura 6, para início da inserção da resina P-60, que foi inicialmente colocada nas caixas proximais. Levando-se em consideração o volume da resina composta e o fator de configuração cavitária, em que quanto menor o volume da resina, menor será a tensão gerada; e quanto menor a relação entre o número de superfícies aderidas/superfícies livres maior a facilidade de liberação de tensões, é que a inserção e polimerização da resina deve ser feita de forma incremental e gradual, respectivamente.

Seguindo este princípio procedeu-se com a inserção, condensação e fotopolimerização. Para o acabamento e polimento utilizou-se brocas multilaminadas de 12 e 24 lâminas, borrachas siliconadas e pastas para polimento de resina composta.

 

Após o polimento utilizou-se, ainda, selante de superfície (Opti Guard) para preencher as possíveis irregularidades na interface da restauração.As figuras 9.A e 9.B ilustram o aspecto final, após substituição das restaurações de amálgama e cimentação da onlay (Artglass).

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